Instituto Ricardo Brennand em Recife: nossa experiência de visita e acessibilidade

O Instituto Ricardo Brennand é um dos pontos turísticos mais conhecidos de Recife. Localizado em uma área ampla, cercada por natureza e construções históricas, o espaço reúne acervo de arte, esculturas, armaduras e muitos outros itens de valor cultural. Nossa visita foi muito legal e interessante, e neste relato queremos compartilhar nossa experiência com foco na acessibilidade para pessoas com deficiência e famílias com autistas.

🎟️ Ingressos e fila preferencial

Logo na chegada, encontramos fila preferencial na compra dos ingressos, o que facilita bastante para quem precisa de prioridade no atendimento. Além disso, recebemos um desconto válido tanto para mim quanto para meu marido, que estava como acompanhante. Esse cuidado com o atendimento inicial faz diferença e já torna a visita mais inclusiva.

⛪ Igreja, lago e espaço externo

Começamos o passeio pela igreja que fica dentro da propriedade. O espaço é muito bonito, com vitrais e estrutura bastante sofisticados. Do lado de fora, há um lago e um chafariz, compondo uma paisagem agradável e que rende boas fotos. A ida até a igreja é feita em um carrinho temático, que chama atenção pelo visual, mas infelizmente não possui adaptação para pessoas com deficiência física.

🏰 Castelo e exposições

Depois da visita externa, seguimos para a parte principal do Instituto, que é o castelo. Ali estão distribuídas exposições de arte, esculturas e acervos históricos. Uma área que chama bastante atenção é a que reúne armaduras, espadas e vestimentas antigas, todas expostas de forma organizada e com iluminação que valoriza cada peça.

Embora o espaço seja amplo e bem cuidado, não há muitos bancos ou locais de descanso ao longo do percurso. Para pessoas que têm mobilidade reduzida ou precisam de pausas frequentes, isso pode ser um desafio.

♿ Acessibilidade e pontos de atenção

Por se tratar de um lugar histórico, a acessibilidade ainda é limitada. Encontramos muitas elevações, degraus e escadas sem barras de apoio, o que dificulta o acesso de cadeirantes ou pessoas com dificuldade de locomoção. Além disso, não há audiodescrição, apenas algumas legendas em parte das obras e peças expostas.

Outro ponto importante é que não existem espaços sensoriais nem áreas específicas para pausas e regulação sensorial, o que pode tornar a experiência cansativa para pessoas no espectro autista.

💡 Reflexão e sugestão

Entendemos que, por ser um ambiente tombado e histórico, algumas adaptações estruturais não sejam possíveis. Porém, é importante que espaços culturais como o Instituto Ricardo Brennand possam buscar formas de melhorar a inclusão, a segurança e o conforto de todos os visitantes.

Pequenas melhorias, como a criação de folhetos com descrição acessível das obras, instalação de barras de apoio em pontos críticos e disponibilização de cadeiras de descanso, já fariam diferença significativa para muitas pessoas.

✅ Nossa impressão final

A visita ao Instituto Ricardo Brennand foi muito interessante e vale a pena para quem gosta de história e arte. O local tem um acervo rico, paisagem bonita e uma atmosfera única. Contudo, é essencial que cada família avalie as necessidades de acessibilidade antes de planejar o passeio, principalmente no caso de pessoas que utilizam cadeira de rodas ou precisam de ambientes mais adaptados.

Para mais informações sobre horários, ingressos e programação, acesse o site oficial: institutoricardobrennand.org.br .

Se você já visitou o Instituto ou tem outras dicas sobre acessibilidade em Recife, compartilhe sua experiência nos comentários! Assim, ajudamos mais pessoas a viajarem com segurança e respeito.